sábado, 24 de outubro de 2009

Novos Medicamentos

Garrafadas no Ver-o-peso/Belém-Pa

To pensando seriamente em recorrer à uma garrafada. Sabe daquelas que tem uma gosma negro esverdeado dentro e que é capaz de curar quase tudo? Dor de cabeça de estomago, enxaqueca, pasmovirose, espinha, dor de cotovelo, embriagues, falta de marido, impotência, deflação, reajuste, obturação, comichão, natal e reveillon.

Acho que preciso de uma coisa da terra e que não seja canela, que seja forte mas que me deixem em pé depois. Que me tire a zika, a preguiça o mal olhado. Que limpe o meu pulmão, que desligue as minhas trompas, que cure a minha azia, sinusite e acelere a mestruação.

Ver-o-peso/Belém-PA

Quero uma garrafada que tenha passado por curandeiros, macumbeiros, pistoleiros, padroeiros e quem sabe até por um jardineiro. Que tenha o poder de sarar tudo, de passar tudo e matar quase tudo. Que eu possa jogar o restante em um formigueiro e as formigas possam criar asas e se cair no chão um pingo que uma planta nasca.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Blu ... Bluuu ... Blu ...


I pray and it happens

Talk to me ... Call me, Kisses

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Reis do Palestra

Foto Internet

Fui pela primeira vez ao estádio ver uma Partida de Futebol, mas nem vou me alongar muito sobre esta experiência, pois se eu não estou enganado, tem até filme falando disso e passa na Sessão da Tarde.

Estava desconfiado em ir ver o Flamengo jogar na Casa do Inimigo o Palmeiras, veja o vídeo. Na minha opinião todo Brasileiro nasce Flamenguista e depois de ter alguma decepção de ordem sexual ou psíquica acaba virando Vascaíno, São Paulino ou Cristal (Time do Estado do Amapá que eu nem sei se ainda joga.)

Foi no Palestra Itália que o Flamengo jogou contra o dono da casa o PaRmeiras. A torcida do Mengo ficou espremida num canto da arquibancada do lado para trás do gol. Quase, Quase que imperceptível entre os 21 mil Moços e moças de camiseta VeRde.

Por Welson Murici

Tive que ouvir vaias e aplausos e alguns xingamentos às nossas mães e até a mãe do pobre Juiz. Eu vi dois gols do Cara de Chuteiras Azuis e o grito mais divertido da Tarde de Domingo "EHHHHHH VAGNER LOVE É MENGÃO" após o moço, com miçangas na cabeça, perder um PENALTI. Até eu, que tenho pouquíssima ou quase nenhuma intimidade com a bola não perderia um daquela forma. Ele chutou tão longe, mas tãããão longe a pobre bola que eu imaginei ele arrancando as trancinhas azuis na unha e vestindo uma camisa Vermelha e Preta.

Momentos: Xinguei algumas vezes o Adriano, pois ele definitivamente não fez nada.
Xinguei os Parmerenses do prédio de trás da arquibancada onde estávamos.
Cantei algumas musiquinhas Ridículas do Tipo Pó pó pó pó ... alguma coisa.
E me diverti bastante ouvindo a Juh "Falar do ató de conversar" com os Jogadores.

Foi bom eu ter sido arrastado até o estádio, pretendo voltar mais vezes, espero continuar sendo pé quente.

sábado, 17 de outubro de 2009

Antes de Dormir

Foto Internet

Amiga do "Cale a Boca Mamãe" é inacreditável mas os culpados por todas as desgraças que acontecem no mundo somo NOZES Jornalistas. Eu cansei de ouvir frases como "Nossa só passa desgraça na TV" ou "Esses Jornal não deixa ninguém dormir em paz, não tem uma notícia feliz".

Mas é claro, ninguém respeita ninguém, vejam essas: Trem atropela bebê no carrinho, Teto de Igreja Cai e fere a alguns Fiéis, "Modelo" tem a prótese de silicone estouradas após acidente em Reality Show e Cantora paga peitinho na janela do hotel (Pausa: Coloque as mãos próximo ao queixo e fale com uma voz levemente Anasalada AOWNNNNN)

Que bom que acabaram-se os botes, as empresas de Comunicação só fazem a divulgação e os responsáveis por receber ou não isso somos nós expectadores. Só procuramos desgraças e fofocas nos MCM (Meios de Comunicação de Massa).

E como o propósito das empresas é lucrar elas ainda fazem uma seção com a chamada em letras vermelhas e garrafais "Veja os Vídeos das Notícias Mais Lidas", e a galera vai lá e rever as desgraças. Depois não entendem por que não dorme bem. E o segundo colocado pelas noites mal dormidas são os colchões.

Paciência... to pegando meu Coração do Oceano e fugindo de Jet.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Atravessando Coisas

Foto Internet

Parei de fumar uns três meses depois de começar no Jiu-jitsu e já faço isso a dois anos pelo menos. Isso foi relativamente bom, pois meu hálito melhorou, tenho mais fôlego e engordei. Não morro mais de Câncer (no sistema respiratório).

Mas o assunto de Hoje é ir e voltar da Rua Augusta de Segunda a Quinta Feira para Lutar Jiu. Parece meio idiota da minha parte, mas isso me ajuda a relaxar. A caminhada até a Rua Augusta me abriu os olhos para o diferente, pelo menos para o que eu considero diferente.

Primeiro que eu passo do Pobre para o Rico mais rápido que um relâmpago e dele de volta para o pobre e as vezes quase miserável. Passo por um hospital, farmácias, casas, apartamentos grandes e outros bem pequenos, passo por guardadores de carro, bares deprimentes, por alunos e aluninhos da Mackenzie por mais bares e mais alunos.

Passo pela PUC e por seus alunos sérios, sérios de mais, diga-se de passagem, isso me cheira a confusão cognitiva. Na Rua Dona Antônia tem um edifício metido a super protegido, com grades, luzes que acendem quando alguém se aproxima, vidro blindado e um Tiozinho na guarita que é de uma simpatia inigualável.

Nem todos os dias passo por lá, pois gosto de mudar o itinerário por medo de ser abduzido. Mas meu primeiro caminho foi por essa rua. Sempre via esse tio na guarita olhando para fora como se algo de espetacular fosse acontecer a qualquer segundo. Eu passava e ele sequer movia a cabeça para me olhar, seus olhos eram fixos num ponto distante.

Quando eu saia da academia passava novamente na frente do tal prédio lá estava o tio de olhos aberto como se fosse um robô ou boneco de cera. Resolvi testar meu poder de "simpatia" mas de leve para ele não me acusar de assédio sexual. Normalmente sou sério, reservado e conciso, tudo por que se eu me distrair acabo chegando a Carapicuíba na melhor das hipóteses.

Mas resolvi mostrar meus lindos e alinhados dentes, não muito, para não parecer falso e nem pouco para não parecer sem graça. O tio Sequer movimentou os globos e na volta não colava olhar para trás e piscar por cima do ombro.

Mas continuei, insistindo nos sorrisos. Já ria para o tio como se fosse a coisa mais normal do mundo, nem esperava mais reação dele. Quando numa bela noite, um frio desgraçado e garoando eu andava todo encolhido para a academia chego na frente da guarita o tio está com o braço esticado e o dedão apontado para cima.

Passei meio sem acreditar, acabei de início nem reagindo, devido ao frio ou ao susto. Ver aquele senhor que nunca mexeu nem os olhos de braço levantado e com um sorrisão na cara me assustou. Parei alguns passos depois da guarita e pensei, "isso não pode ficar assim", voltei e meti a rosto como num susto na frente do vidro e ele já estava sentado e fechado na sua concentração.

Sorri um pouco e como se fosse automático ele levantou o braço e apontou o dedo para cima em sinal de Okay. Fiquei tão satisfeito em saber que consegui de alguma forma cativar uma pessoa através de um vidro, sem contato, sem ele saber de onde eu vim e nem por onde vou. Sai andando, não esqueci o frio e acelerei passo, mas com aquele tiozinho na cabeça.

As pessoas são estranhas, tem gente que encontro desde que cheguei em Sampa e nem por isso me abriu um um sorriso. Será que não tentei. Mas vamos lá enquanto eu poder andar e sorrir para o tio da guarita to satisfeito.


quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Do Céu ao Inferno em Segundos

Usuários de Crack-Foto Internet

Tenho três anos e seis meses de São Paulo, já vi e ouvi muita coisa estranha. No início eu dava esmolas depois resolvi trocar as moedinhas por lanches, pães ou biscoitos. Depois não dei mais, eu gasto muito por morar no centro, preciso pagar aluguel, as contas da casa, a comida e ainda tinha que agradar os moradores da rua.

Umas das primeiras lembranças que tenho em São Paulo e guardo é a de uma moça que não tinha mais que 23 anos e estava grávida, uma moradora de rua, sempre passava por mim e falava "Tio me dá um cigarro", eu sempre estava fumando então ria e dizia que ela não podia fumar por causa da criança.

Ela sorria e saia andando sem insistir. Vi durante alguns meses aquela barriga crescer e a moça sempre andando e pedindo cigarros. Ela desapareceu ou da minha mente ou das ruas próximas de casa.

Uma semana atrás eu descia a Martins Francisco e a encontrei sentada na calçada, a visão da moça me causou certa alegria, saber que ela ainda está viva. Essa alegria passou "fui do céu ao inferno" em segundos. Ela me olhou e sem expressar nada, disse "eu quero um real" respondi "não tenho" mas diminui o passo. Ela disparou "quero completar essa miséria para comprar uma pedra" com a mão repleta de moedas.

Nunca tinha ouvido isso de alguém não parei para pensar na hora, continuei andando. Cheguei em casa, tomei um banho, deitei e fiquei imaginando, as pessoas ficam tão envoltas pelas drogas que acabam se tornando "honestas".

Elas querem que você saiba o que vão fazer com a Grana, Fico com medo de ser abordado mais vezes com frases semelhantes. Agora toda noite olho da minha janela para o minhocão que corta uma parte Amaral Gurgel e a São João e enxergo dezenas de pessoas fumando.

São pessoas que acendem os cachimbos durante horas. Quando a droga acaba ou sei lá o que acontece, eles descem pelo acesso a Ana Cintra, atravessam a São João e somem.

Não sei o que fazer, tenho inclusive medo de subir o minhocão para tentar ver mais de perto. Fico procurando a moça, fico procurando uma luz.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Sobre Isso

Por Welson Murici

Sou Jornalista Formado mas isso não tem me servido de muita coisa e para não ficar parado resolvi escrever de GRAÇA e para mim mesmo. Gosto de Música, Gente, Internet e Silêncio e sou brincalhão (às vezes).

Fiz isso aqui para falar do Local que mais me mete medo e me encanta em São Paulo, mas também vou escrever da minha vida, da vida dos outros, do gato que pretendo adotar (acho um absurdo comprar um bicho).

Ah, não sou de São Paulo, mas também não sou do Rio de Janeiro, e como dizem alguns amigos meus, "Eu não acredito que você é de Macapá" e eu Respondo "Nem Eu" Se a pessoa não acredita, por que eu tenho que sofrer por isso.

Moro com amigos e o cachorro da dona Marilu ou Marlucia a senhora da porta da frente, nosso apto é grande, mas não use isso para vir passar uns dias. Sou bem calmo, tenho uma vida bem tranquilo, não fumo (há um ano) e bebo alguma coisa ás vezes.

Acredito que por enquanto é só, vamos tentar manter isso aqui andando e de vez enquando moendo alguém de LEVE!