domingo, 23 de janeiro de 2011

Longe ou perto

Amigo é coisa para se guardar do lado esquerdo do peito e de baixo e sete chaves, e mesmo que eles sejam maus e inconseqüentes, você possa confiar em um ao menos sem duvidar. Fazer confissões, falar mentiras, e chorar ao ver partir ou sorrir ao ver chegar.

Sensações que as pessoas que nos acompanham durante parte da vida às vezes não percebem. As amizades que as mães dizem que não são boas e muitas vezes lá no fundo do coração vocês até tem essa certeza, mas é tão divertido aprender a fumar, a beber e falar palavrão que elas acabam se tornando inesquecíveis.

A criança cresce, as amizades mudam, o ser humano escolhe caminhos e as pessoas que devem seguir, ou até seguem alguém por um caminho que pode ser tortuoso, mas quem sabe possa valer a pena.

Hoje em dia as amizades são mais velozes que a própria vida, amigos de Internet, que aparecem e desaparecem ao longo do tempo, papos intermináveis, curiosidades de saber como, onde e porque a pessoa vive, se ela é branca ou negra, curiosidade de ouvir a voz e saber qual o tom de verde os olhos desse amigo virtual tem.

Amigos que eles sejam sempre amigos, os que constroem amizade de longe e os que te ligam da casa do lado para saber se você esta vendo o programa da tarde. Pessoas diferentes onde encontramos coisas que nos faltam e que encontram na gente uma palavra amiga ou uma xícara de café e um cigarro no fim da noite. Amigos de redação que falam auto, amigos dentistas que quase nem falam, amigas físicas que percebemos em um olhar a felicidade. Amigos de república que acordam e dormem com você e às vezes nem tem muito a acrescentar, mas existem para fazer companhia e falar qualquer besteira quando acordam. Amigos, para cultivar um sorriso para esquecer impossível.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Era para estar no Facebook, mas faltou espaço.


Tô seguindo uma linha muito estranha, misturando Rockabilly com Pink. Me divertindo ouvindo música lenta e as vezes lagrimando com as animadas. Dançando com os pés só de pensar e balançando a cabeça ouvindo o chiado do Mp3 alheio.
Será uma doença rara ou simplesmente a mente livre de preconceitos. Aquilo de sempre fazer o caminho diferente eu já faço, mas ainda não conto os passos e nem piso no Impar das calçadas.
Me tornar uma pessoa diferente é uma meta a ser atingida a longo prazo!

Ai quem tirar as conclusões mais interessantes ganha um aperto de mão

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Meu Computador Quebrou


Nem tudo é tão fácil, nem todas as coisas vem com um selo de segurança ou com um bula explicando a melhor maneira de usar. Tudo que busco é não quebrar e muito menos danificar o outro.

Esses sistemas foram projetados para funcionar um certo números de horas e a mesma criatura projetou ele para parar. Uns tentam dar uma garantia maior ao aparelho, mas nem sempre fica tão bom quanto o novo. A máquina começa a trabalhar de forma lenta e estranha. São os sinais que o tempo já se esgotou.

A luta por uma garantia estendida é grande. São milhões de maquinas lotando as salas de cientistas malucos, estes que trabalham dias e noites em cima de livros e ratos buscando uma sobrevida maior para as maquinas. E elas acabam parando de funcionar uma hora ou outra.

Essa parada completa das máquinas serve de combustível para alimentar outras máquinas, as que ficam são incentivadas a se exercitar mais, fazer mais calculos de possibilidades, fazem mais dowloads, buscam atualizações melhores e se tornam mais rápidas para sempre ter o gosto de que o tempo parou.

Porém ele nunca para, os exercício forçam a máquina, faz ela produzir mais e isso tudo vira história. Os projetos ainda estão distantes de tornar esta máquina uma máquina de uso eterno. O que temos a fazer é aproveitar e não deixar o tempo emperrar nossas engrenagens.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Brincar de ser Luz


Fazia muito tempo que não sentia o que era diverção de verdade. Impressiona a falta do olhar infantil nas pessoas. Impressões que perdemos pouco à pouco, situações que muitas vezes passam despercebidas e estão tão próximas.

Estava só pensando em um fim sem volta. Um cigarro me fez ir até ao janelão do apartamento. Morar no alto tem suas vantagens. Sem perceber fiquei procurando felicidade na escuridão da cidade. Em uma janela distante percebi luzes brincando na escuridão de um quarto. Remeteu-me ao filme onde os gladiadores do futuro usam espadas laser.

O cigarro ainda queimava próximo aos meus lábios quando vi como é fácil ser feliz e se divertir. Um quarto escuro, uma cama e duas lanternas a felicidade mais honesta dos últimos dias. As luzes amarelas brilharam mais que ouro em vitrine. Duas crianças pulavam na cama, que provavelmente deveria ser de seus pais, pois me lembrei de como era divertido pular na cama dos meus.

Era impossível ouvir algo, uma musica ou mesmo um grito seco de alegria. Mas imaginei um Rockzinho The Smith pra embalar a estória. Dois meninos era o que eu via. Balançavam os braços como se as lanternas fossem o presente que nunca poderiam imaginar. Sonho de cavaleiro ou só fazer desenho de luz na parede. Meu Deus o que eles pensavam?

Até deu vontade de descer do meu quarto bem iluminado e ir em direção aquele prédio a alguns quarteirões. Mas confesso que seria estranho se eu fosse o pai e atendesse o interfone e ouvisse “Vi seus filhos pela janela e gostaria de vê-los brincar de lanterna no quarto mais de perto”. Enfim de repente perdi a oportunidade de fazer uma amizade ou ganhar um olho roxo.

Esse episodio inusitado me tirou do estado de desespero, e me fez pensar “A vida é muito boa, se divertir com uma lanterna é mesmo espetacular, e eu aqui querendo cortar os pulsos com a faca de pão”