quarta-feira, 22 de junho de 2011

London, london

Hoje faz oito dias que estou em Londres. As coisas foram mais complicadas em vidas passadas, numa vida passada, mas não tão distante. Quando mudamos de cidade o cérebro muda junto. Quando cheguei em São Paulo, há mais ou menos seis anos, eu não entendia o funcionamento do metrô, dos caixas eletrônicos e nem das pessoas. Eu achava tudo fantasticamente incrível, tudo rapidamente mutável.


Oito dias em Londres... Realmente não é a experiência mais tranquila de uma vida ou duas, sei lá. A cidade te dá um tapa e te obriga a ser mais cauteloso, esperto e sensato. Enquanto tem uma novela passando na TV, um programa bobo no rádio ou até mesmo uma mensagem da sua operadora de celular em português, realmente as coisas parecem mesmo fáceis de mais.


Ai você desembarca em um aeroporto gigantesco, anda quase 20 minutos para chegar até a imigração e dá de cara com um agente mal humorado. Uma pessoa que resolveu tirar sua vida do eixo de cara só porque o endereço onde você vai morar não está escrito certo, não ortograficamente, e por um erro que nem é seu.


Você passa mais um bom tempo lá, tentando explicar para o cara que você veio para estudar, que é a primeira vez que pisa naquele país, e que é também a primeira vez que é interrogado e num idioma que você só entende o básico. As barreiras começam a ser ultrapassadas quando o cara carimba o teu passaporte e te deseja “boas vindas”.


Boas vindas, eu precisava era de um café. Pedi um café, paguei por um café, o troço parecia café, mas era chá. Outro tapa, você não vai mais encontrar esse porto seguro tão fácil! As pessoas não te entendem e não adianta nem se estressar. Eu queria era ir embora, entrar num táxi e chegar no tal endereço que me falaram que eu iria ficar.


Táxi, meio de transporte tem que ser o mais fácil e barato. Todo o teu rico dinheiro vale R$ 2,69 menos. Mas aqui o metrô não acaba, as linhas se cruzam e você não pode andar em todas. Vale mesmo mais a pena andar de táxi. Ai você olha para trás e pensa que tudo poderia ter sido mais fácil, afinal eu já tinha uma cadeira, um computador e chefes só meus.


Eu vou é em frente. Obrigado Londres por ter me estapeado logo de cara. Mas eu vou passar por você e não será o contrário. Estarei bem acompanhado e minha cabeça não vai baixar, só se for para ler o dicionário.


Até logo mais!

Nenhum comentário:

Postar um comentário